Nova medicação aumenta eficácia do tratamento para linfoma

Nova medicação aumenta eficácia do tratamento para linfoma

Uma nova medicação para tratamento do linfoma Não-Hodgkin difuso de grandes células B foi, recentemente, aprovada no Brasil. O medicamento é estudado em outros países e em protocolos, mas não tem condições de comercialização nacional até o momento.

O polatuzumabevedotina funciona como um “Cavalo de Troia”, pois, em vez de aplicar quimioterapia no corpo todo, ele se liga diretamente às células do câncer – o que aumenta a eficácia do tratamento e diminui os efeitos colaterais.

Segundo estimativa do Instituto Nacional do Câncer, 3 mil novos casos desse linfoma são diagnosticados por ano no Brasil. A doença integra o grupo dos Linfomas Não-Hodgkin, afetando células específicas do sistema imunológico. Ela é agressiva, uma vez que, sem tratamento, seus portadores vivem, em média, menos de um ano. Entre os principais sintomas estão adenomegalias no pescoço, nas axilas e nas virilhas.

Atualmente, de 60% a 70% desses casos são curados em sessões de quimioterapia com ou sem associação de imunoterapia. Quando isso não acontece é realizado o transplante de medula óssea do próprio paciente. Porém, a tática funciona apenas em metade dos casos. Pessoas mais velhas e com outras doenças não suportam esse tipo de tratamento. É para esse perfil de paciente que é indicada a nova medicação, pois, previamente, não possuíamos tratamentos efetivos e sem toxicidade acentuada.

Antes de chegar aos hospitais, o polatuzumabevedotina passará por um processo de precificação na Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).

Por: Dra. Moema Nenê Santos – hematologista do Hospital Notre Dame São Sebastião

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