Notre Dame São Sebastião

Dicas para evitar uma trombose das artérias das pernas

Entre as doenças cardiovasculares, a oclusão dos vasos sanguíneos é uma das maiores causas de óbito da população adulta, perdendo apenas paro o infarto. Quando ela acomete as artérias das pernas, o sangue tem dificuldade de chegar à musculatura que usamos para caminhar. Por isso, as principais medidas para evitar o problema são:

Ter uma alimentação balanceada: pobre em gorduras, colesterol e alimentos industrializados e rica em frutas, verduras, legumes, cereais integrais e carnes magras.

Praticar exercícios físicos: isso diminui os níveis de colesterol, a pressão arterial, o aparecimento de diabetes e estimula o surgimento de novos vasos sanguíneos que compõem a circulação colateral. O recomendado é realizar atividades físicas por 30 minutos, no mínimo, três vezes por semana.

Parar de fumar: as substâncias presentes no cigarro agridem o endotélio das artérias, aumentando a deposição de gordura.

Emagrecer: a obesidade, especialmente a abdominal, é um fator de risco para a aterosclerose.

Tratar corretamente as doenças crônicas, como a Diabetes Mellitus, a Hipertensão Arterial e a Hiperlipidemia (colesterol alto): é imprescindível o acompanhamento médico, com exames frequentes, ajuste de medicações e modificação dos hábitos de vida. (Nada de medir pressão ou glicemia na farmácia e achar que isso é suficiente!)

Quer saber mais sobre as varizes? Clique aqui!

Por: Mateus Picada Correa – Cirurgião Vascular

O que são os aneurismas?

O aneurisma ocorre quando parte de uma artéria sofre um processo de dilatação anormal e permanente. As causas estão relacionadas ao enfraquecimento das paredes arteriais, que podem ser provocadas por condições congênitas ou em decorrência de outras enfermidades, como inflamações, infecções, traumatismos ou processos degenerativos, tal qual a aterosclerose.

Apesar da alta mortalidade, o aneurisma pode ser diagnosticado a tempo de um controle definitivo. Em geral, o problema é descoberto durante os exames de rotina ou a investigação de outras doenças, já que ele não manifesta sintoma algum.

Entre os fatores de risco para o desenvolvimento da doença está a hereditariedade, sendo que a incidência é de 20% em pessoas cujos parentes de primeiro grau têm o diagnóstico. A hipertensão arterial, o tabagismo e a arteriosclerose também contribuem para a dilação do calibre da aorta.

Atualmente, a forma de tratamento para essa enfermidade se dá por via endovascular e a cirurgia somente é realizada em casos selecionados.

Por: Mateus Picada Correa – Cirurgião Vascular

Síndrome da Congestão Pélvica: uma doença pouco conhecida

Responsável por 10% a 15% das consultas por dor no consultório ginecológico, a dor pélvica crônica pode ser causada por diversas doenças, entre elas a Síndrome da Congestão Pélvica (SCP) – patologia ainda pouco diagnosticada.

Os sintomas mais comuns da SCP são a dor na parte mais baixa do abdome (pelve) – que pode piorar ao final do dia, no período menstrual ou depois de permanecer muito tempo em pé – e a dor durante a relação sexual. Além disso, a paciente pode apresentar prisão de ventre.

Alguns sinais, como varizes nas pernas, ao redor na vagina, na parte de dentro da coxa ou nos glúteos, e hemorroidas, podem ser indicativos da doença, que também surge em pessoas que operaram mais de uma vez as varizes ou nos casos em que elas reapareceram pouco tempo após um procedimento.

As obstruções da veia ilíaca esquerda ou da veia renal esquerda, que podem causar sangramento na urina, inchaço ou dor na perna, são causas apontadas para o aparecimento de varizes pélvicas. Geralmente, os sinais e sintomas aparecem depois da gravidez, especialmente em mulheres que tiveram mais de duas gestações.

O diagnóstico é obtido a partir do ecodoppler dos membros inferiores e do transvaginal, além de uma tomografia de abdome. Uma vez identificada, a Síndrome da Congestão Pélvica é tratada com a embolização das varizes pélvicas e o tratamento das obstruções das veias – quando existentes. Já no primeiro mês após o tratamento, as pacientes apresentam uma melhora de 80% a 85%.

Já no caso dos homens, a presença de varizes pélvicas ocasiona varizes na perna esquerda, varicocele e dor abdominal, especialmente ao permanecer em pé por muito tempo. O tratamento, igualmente, consiste em embolização das varizes pélvicas e varicoceles, apresentando ótimos resultados.

Como são, em geral, doenças pouco conhecidas, a indicação médica é para que, ao manifestar sintomas semelhantes aos da Síndrome da Congestão Pélvica, a pessoa consulte um ginecologista ou urologista e um cirurgião vascular para investigar o problema.

Por: Mateus Picada Correa – Cirurgião Vascular

A importância do tratamento individualizado para as varizes

Originadas, principalmente, devido ao fator genético, as varizes são veias dilatadas que, depois de certa idade, podem surgir nas pernas, ocasionando sintomas como dor local – especialmente ao final do dia -, prurido (coceira) e edema (inchaço). Além disso, em quadros mais graves, a pessoa pode acordar já se sentindo cansada e/ou ter dificuldade para trabalhar quando permanece muito tempo em pé.

Os primeiros sinais que podem aparecer são manchas nas pernas, inflamação e até mesmo feridas. No entanto, muitas vezes, o incômodo maior está relacionado ao aspecto estético, sendo que muitos pacientes deixam de usar roupas curtas por sentirem vergonha. Pessoas cujos pais têm varizes precisam ter ainda mais cuidado, já que o risco de elas desenvolverem a doença chega a 90%.

Atualmente, o tratamento é individualizado, sendo que o primeiro passo é a realização de exames para identificar as causas das varizes e, assim, avaliar a gravidade da doença. Dependendo do tipo das varizes e do desejo de cada paciente, o tratamento pode ser apenas medicamentoso ou cirúrgico – através de laser, radiofrequência ou abordagem convencional. Há, ainda, a possibilidade, em alguns casos, de tratamento sem cirurgia, com espuma, laser ou escleroterapia.

A recomendação é para que o paciente sempre procure um cirurgião vascular para uma avaliação individualizada, descobrindo, assim, qual a melhor indicação de tratamento.

Por: Mateus Picada Correa – Cirurgião Vascular

Endometriose: conheça mais sobre a doença que atinge 10% das mulheres

A endometriose é uma doença crônica que afeta uma em cada dez mulheres em idade reprodutiva, ou seja, entre o período que vai desde a primeira menstruação até a menopausa. Ela se caracteriza pela presença de tecido endometrial fora da cavidade uterina, ocasionando um processo inflamatório na pelve que pode levar à fibrose e à formação de aderências.

Estudos mostram que, em uma parcela grande de mulheres, os sintomas da doença iniciam ainda na adolescência.  Todo mês, os ovários produzem hormônios que estimulam as células da mucosa do útero (endométrio) – que aumenta e fica mais espessa – a multiplicarem-se e prepararem-se para receber um óvulo fertilizado. Se essas células, chamadas de endometriais, crescerem fora do útero, surge, então, a endometriose.

Em relação aos fatores de risco, estudos demonstraram que o caráter hereditário está presente em 50% dos casos. Vários genes podem estar alterados em mulheres com a doença, o que a faz ser considerada poligênica.

Causas
Algumas teorias apontam as causas do aparecimento do endométrio fora do útero, sendo a “menstruação retrógrada” a mais conhecida delas – algo que ocorre quando o fluxo sanguíneo volta pelas tubas uterinas, sendo derramado nos órgãos próximos, como ovários, peritônio e intestino. Outra teoria muito considerada para o desenvolvimento da doença são falhas no sistema imunológico. Além disso, há uma hipótese que estuda a transformação de células que assumem as características do endométrio, fora do útero.

Contudo, nem toda mulher que tem cólica menstrual possui a endometriose. A cólica menstrual ou dismenorréia é um sintoma comum a várias outras doenças ginecológicas, como nos casos de miomas uterinos, adenomiose, pólipos endometriais, mal formações útero-vaginais e uso de DIU de cobre. Algumas mulheres podem, igualmente, apresentar cólicas no início da menstruação, sem que haja alguma doença específica. Neste caso, temos o diagnóstico de dismenorréia primária.

Sintomas
A dor da endometriose pode se manifestar como uma cólica menstrual intensa, dor pélvica/abdominal relacionada à relação sexual, dor “no intestino” na época da menstruação ou, ainda, uma combinação dos seguintes sintomas:

• Cólicas menstruais intensas e dor durante a menstruação.
• Dor pré-menstrual.
• Dor durante as relações sexuais.
• Dor difusa ou crônica na região pélvica.
• Fadiga crônica e exaustão.
• Sangramento menstrual intenso ou irregular.
• Alterações intestinais ou urinárias durante a menstruação.
• Dificuldade para engravidar.
• Infertilidade.

Diagnóstico
O diagnóstico da endometriose é feito a partir da presença dos sintomas da doença, de achados no exame físico (principalmente no toque vaginal) e da existência de lesões suspeitas nos exames de imagem. Os principais exames complementares utilizados são a ultrassonografia transvaginal com preparo intestinal e a ressonância magnética. Em algumas situações, também podem ser solicitadas a ultrassonografia transretal, a colonoscopia, a cistoscopia e a urografia excretora.

Fonte: Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva (SBE)

Por: Bruna da Silva Wiatrowski – Obstetra e Ginecologista do HNDSS (CRM: 41150)

Menopausa e climatério: qual a diferença?

Frequentemente, as pessoas confundem a menopausa com o climatério, já que esses são dois termos que se referem à mesma fase da vida da mulher. Eles, contudo, servem para designar momentos diferentes desse processo. A menopausa é a última menstruação, que, geralmente, ocorre por volta dos 50 anos, sendo considerada precoce, caso aconteça antes dos 40, ou tardia, se for bem depois dos 50. Com a sua chegada, a mulher já não pode mais engravidar de forma natural, ou seja, é o fim do seu período reprodutivo.

Já o climatério é o conjunto de sintomas que surgem antes e depois da menopausa, causados, principalmente, pelas variações hormonais típicas desse estágio e que podem ocasionar uma série de flutuações no ciclo menstrual. Nessa fase de transição, é comum que as menstruações fiquem mais espaçadas. Por isso, a menopausa só é “diagnosticada” após a mulher passar, pelo menos, 12 meses sem menstruar.

Climatério e a baixa produção de hormônios
Com o fim da menstruação, há uma diminuição na produção dos hormônios sexuais femininos, o que pode resultar em uma série de mudanças no corpo da mulher, percebidas em curto, médio e longo prazos.

Em curto prazo, a aproximação e a chegada da menopausa podem causar calor, alterações no humor – com possíveis episódios de irritação e depressão -, tontura, dor de cabeça e baixa libido. Em médio prazo, além da diminuição do desejo, também pode ocorrer atrofia urogenital, com o afinamento e o ressecamento da mucosa que reveste a vagina, causando, em muitos casos, dor durante a relação sexual.

Com o tempo, há risco de uma maior propensão não só à osteoporose, mas também a doenças cardiovasculares, já que um dos hormônios sexuais femininos, o estrogênio, protege os vasos sanguíneos e o coração. A queda na produção desse hormônio também reduz a proteção natural.

É importante ressaltar que cada paciente deve ser avaliada individualmente pelo seu ginecologista para a definição do melhor tratamento, pois as reações à queda hormonal variam de uma mulher para outra.

Por: Bruna da Silva Wiatrowski – Obstetra e Ginecologista do HNDSS (CRM: 41150)

A importância de controlar a pressão arterial na gestação

A hipertensão arterial é fator complicador para cerca de 7 a 10% de todas as gestações – incidência que pode variar de acordo com a população estudada e os critérios utilizados para o diagnóstico. Essa é a complicação médica mais comum durante a gravidez, além de ser a principal causa de morbimortalidades materna e perinatal. A gestação pode agravar a hipertensão que já existia anteriormente (hipertensão arterial crônica) ou, então, induzi-la em mulheres normotensas (hipertensão gestacional/pré-eclâmpsia).

Podendo comprometer a saúde e a vida tanto da mãe quanto do bebê, as causas de pressão alta durante a gestação podem estar relacionadas à má formação da placenta. O risco de desenvolver hipertensão é maior na primeira gestação, se a mulher tiver mais de 35 anos ou se ela for diabética. Também fazem parte do grupo de risco as mulheres que estão gestando múltiplos bebês, aquelas que já tiveram pré-eclâmpsia ou que têm histórico familiar da doença, assim como as que sofrem com a obesidade ou a doença renal.

Os distúrbios hipertensivos da gestação podem se apresentar das seguintes formas: pré-eclampsia, eclampsia, hipertensão transitória da gravidez e pré-eclampsia sobreposta à hipertensão prévia. A pré-eclâmpsia, por exemplo, é o aumento da pressão arterial acompanhada da eliminação de proteína pela urina – uma complicação que, normalmente, começa depois da 20ª semana de gestação e que, se não tratada adequadamente, pode culminar na eclâmpsia: a fase final da doença, caracterizada pela pressão muito elevada acompanhada de outros sintomas mais graves, como convulsões. Nesse estágio, as vidas da mãe e do bebê estão em risco.

Por isso, a importância de se realizar um pré-natal criterioso e sistemático para monitorar as gestantes que se enquadram nesse perfil, prevenindo, assim, complicações e monitorando o bem-estar materno-fetal, a internação e a interrupção da gestação – caso seja necessário.

Por: Bruna da Silva Wiatrowski – Obstetra e Ginecologista do HNDSS (CRM: 41150)

COMUDE de Espumoso elege nova diretoria

O COMUDE – Conselho Municipal de Desenvolvimento tem por objetivo a promoção do desenvolvimento local, harmônico e sustentado, através da integração das ações do poder público com as organizações privadas, as entidades da sociedade civil organizada e os cidadãos, visando à melhoria da qualidade de vida da população, à distribuição harmônica e equilibrada da economia e à preservação do meio ambiente.

Em Espumoso, o Conselho realizou eleição da nova diretoria no dia 02 de abril, no Hospital São Sebastião. Durante a reunião, o diretor da instituição médica, Rafael Scolari, destacou como foram os últimos sete anos à frente da administração do COMUDE, pautados, segundo ele, em muito trabalho, esforços e conquistas.

A nova presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento, eleita por unanimidade, foi Samanta Florêncio, tendo como seu vice Lauro Colle.

Entra em funcionamento o Centro Obstétrico do Hospital São Sebastião

Inaugurado no mês de junho, o Centro Obstétrico do Hospital Notre Dame São Sebastião, que entrou em funcionamento na última sexta-feira (15), oferece uma área aconchegante e ampla às gestantes, durante a preparação e o trabalho de parto, tanto por meio cirúrgico (cesariana) quanto por meio fisiológico (normal). Além disso, dispõe de acomodações adequadas às puérperas, onde receberão, assim como os recém-nascidos, os cuidados adequados.

Contudo, no futuro, o Centro Obstétrico Irmã Maria Josema será destinado apenas à realização do parto normal, incentivando as gestantes a optarem por ele, pois, como explica a enfermeira obstétrica, Eliane Barbosa, conta com equipe especializada na área, além de sala destinada à avaliação da gestante, quartos individuais e coletivos com banheiros amplos, bolas suíças e chuveiros – usados no estímulo ao trabalho de parto, auxiliando na preparação e no relaxamento da gestante.

*As gestantes que desejam conhecer a infraestrutura do Centro podem agendar visita, guiada pela enfermeira responsável, por meio do telefone (54) 3383-4200.

Janeiro Branco: você está de olho em sua saúde mental?

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estar mentalmente saudável corresponde a um estado de bem-estar no qual uma pessoa consegue desempenhar suas habilidades, lidar com as inquietudes da vida, se relacionar com os demais  e ser produtivo e suas atividades. Conforme a organização, esse estado só pode ser alcançado quando existe um equilíbrio entre a saúde física e a saúde mental.

Foi, justamente, para chamar a atenção para este segundo aspecto que psicólogos brasileiros criaram a campanha Janeiro Branco, relacionando um mês em que as pessoas, normalmente, estão mais focadas em resoluções e metas, com a necessidade e a importância do cuidado psíquico. A intenção, conforme destaca a Assistente Social do Hospital Notre Dame São Sebastião, Juliane Kempf, é fazer com que as pessoas prestem atenção a qualquer sintoma que caracterize algum transtorno psicológico e não tenham receio de buscar ajuda de profissionais. “Toda a área da saúde abraça a campanha Janeiro Branco e estimula a população a refletir sobre sua qualidade de vida, com o objetivo, também, de que elas percebam quando algo não anda bem e saibam que existem profissionais capacitados para ajuda-las a passar pelas fases difíceis”, salienta.

A assistente social destaca que a conscientização se faz imprescindível uma vez que os cuidados com a saúde mental ainda são alvo de preconceito. “Atualmente, vivemos em um período em que buscamos aparentar que estamos sempre bem, e buscar ajuda profissional poderia ser um sinal de fraqueza. Além disso, o pouco conhecimento sobre o que é e para que serve a psicologia, apenas aumenta este preconceito. Cuidar da saúde mental é autoconhecimento, é evitar doenças e criar estratégias de como lidar com as diversas situações da vida”, pontua, lembrando, ainda, que alguns hábitos cotidianos como ter uma boa noite de sono, cuidar da alimentação, praticar exercícios físicos e envolver-se em atividades que promovem satisfação são fundamentais para a garantia de uma boa saúde mental.

 

Foto: portalcoroado.com.br

Saúde Notre Dame