Dicas de Saúde

Compreenda o que é a obesidade mórbida infantil

Em entrevista à assessoria de comunicação da Rede de Hospitais Notre Dame, a nutricionista Jordana Tirloni da Silva apontou que a obesidade mórbida, ou seja, o acúmulo de uma grande quantidade de gordura no corpo, vem crescendo mais rapidamente na infância que na vida adulta.

Segundo a colaboradora do Hospital Notre Dame São Sebastião, esse dado é preocupante, pois estima-se que três a cada quatro crianças acima do peso se tornarão adolescentes obesos. Por sua vez, 89% dos adolescentes obesos deverão manter a condição quando adultos.

Além disso, a obesidade precoce favorece o surgimento de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, e afeta o crescimento e desenvolvimento infantil, pois impacta a regulação hormonal. Pode, até mesmo, acarretar distúrbios psicológicos.

Confira, no áudio abaixo, a entrevista na íntegra:

Conheças as causas da cólica em bebês

Por Lilian Missio

Pediatra e integrante do corpo clínico do Hospital Notre Dame São Sebastião

Iniciadas por volta da terceira semana de vida, as cólicas podem se estender até o quinto mês, contudo, é mais comum que cessem ainda no primeiro trimestre.

Elas fazem parte do amadurecimento do sistema digestivo do bebê. Por isso, o seu choro, caracterizado pela intensidade e pelo princípio e término abruptos, não deve causar desespero. O ideal, após verificar que o pranto não decorre de carência, fome, frio ou calor, nem da necessidade de troca das fraldas, é aquecer o abdômen do bebê, aconchegá-lo e deixá-lo em posição fetal.

Essas são medidas que ajudarão a contornar o desconforto, visto que a medicação é reservada para casos intensos, sob orientação pediátrica. A Sociedade Brasileira de Pediatria ainda recomenda:

  • Pegar o bebê no colo, de preferência deixando-o em contato direto com a barriga da mãe.
  • Enrolá-lo em uma manta ou em um cobertor.
  • Flexionar as coxas do bebê sobre a barriga.
  • Dar um banho morno ou aplicar compressas levemente aquecidas sobre a barriga do bebê.
  • Reduzir estímulos, como o barulho ou o contato com muitas pessoas, procurando por um ambiente tranquilo e com música ambiente suave.
  • Tentar estabelecer uma rotina.
  • Não oferecer chás, trocar a marca do leite ou usar medicamentos sem a orientação do pediatra.

 

Em meio a diferentes formas de luto, a empatia é ainda mais essencial

Por Luiz Henrique Toledo

Psicólogo pós-graduado em Avaliação e Diagnóstico Psicológico
e membro do quadro funcional do Hospital Notre Dame São Sebastião

Recentemente, um artigo publicado pela Harvard Business Review apontou que o intenso desconforto sentido por algumas pessoas, durante a pandemia de Covid-19, pode ser caracterizado como luto.

Segundo o estudo, as emoções decorrentes do período de isolamento social são vinculadas a sentimentos acarretados pela perda – neste caso, não necessariamente de uma pessoa, mas da liberdade.

Além desse luto, outros mais são experimentados graças ao surgimento do novo coronavírus, como o antecipatório – um luto fundamentado na ansiedade, que é vivenciado quando se percebe o futuro incerto, provocando uma ruptura com a sensação de segurança.

Para superar o luto, um bom começo é compreender os seus diferentes estágios – lembrando que eles não se desenrolam de forma linear e nem, necessariamente, na seguinte ordem:

– Negação: “Esse vírus não irá nos afetar.”
– Raiva: “Você está me fazendo ficar em casa e tirando minhas atividades.”
– Barganha: “Ok, se eu permanecer em isolamento social por duas semanas tudo ficará bem, certo?”
– Tristeza: “Eu não sei quando isso irá passar.”
– Aceitação: “Isso está acontecendo, eu preciso descobrir como proceder.”

É na aceitação que reside o poder, pois é nela que temos controle sobre as nossas atitudes – como fazer a correta higienização das mãos, manter uma distância segura dos outros indivíduos e buscar alternativas para trabalhar de forma remota.

Para alcançá-la, porém, é preciso estar presente – uma condição favorecida pela prática de meditação ou mindfulness. Afinal, no momento presente, nada do que você antecipa está acontecendo. Nele, você está bem.

É necessário, também, abrir mão daquilo sobre o que não se tem controle, direcionando esforços para aquilo está ao seu alcance – as posturas preventivas individuais, por exemplo.

Finalmente, este é um bom momento para praticar a compaixão, compreendendo que os indivíduos experimentam diferentes níveis de medo e de luto, que se manifestam de formas, também, diferenciadas.

 

 

 

Saiba mais sobre a Anestesia

Por Larissa Roberta Corso

Anestesiologista formada pela Universidade Federal da Fronteira Sul – Campi Chapecó
e integrante do corpo clínico do Hospital Notre Dame São Sebastião

De origem grega, a palavra anestesia significa “ausência de sensações”. Por isso, denomina o conjunto de técnicas que, por proporcionarem o alívio da dor, são utilizadas na realização de intervenções médicas, como cirurgias e exames.

O tipo de anestesia é recomendado de acordo com o procedimento a ser realizado, considerando também as características do paciente e os seus antecedentes médicos, de modo a prezar pelo seu conforto e, sobretudo, pela sua segurança.

A anestesia geral impede que todo o corpo experimente sensações. Por isso, sob o seu efeito, o paciente permanecerá adormecido.

Já a anestesia parcial, também denominada regional, suprime a sensibilidade de uma área do corpo, permitindo que o paciente permaneça acordado, se convier ao procedimento.

Em ambas, porém, o anestesiologista vigiará as suas funções vitais, zelando para que o organismo reaja com segurança à cirurgia ou ao exame. Não se tratam, portanto, de técnicas livres de complicações, mas elas foram reduzidas consideravelmente, com os avanços da tecnologia aplicada à Medicina.

Por isso, antes de submeter-se à anestesia, o paciente deve seguir rigorosamente todas as recomendações, além de informar o médico acerca de alergias ou doenças que exijam uso de medicação contínua.

Entre as orientações, costuma estar a do jejum – uma medida que evita a broncoaspiração, ou seja, o retorno do alimento do estômago para a boca e, consequentemente, para o pulmão.

Tal condição representa uma complicação potencialmente grave durante a anestesia, pois, diferentemente de quando desperto, o indivíduo sob o seu efeito perde o reflexo da tosse – processo que o protege da broncoaspiração.

O tempo de jejum varia, dependendo do alimento consumido, conforme ilustra a tabela abaixo:

– Líquidos claros (até 100ml) Água e chás claros
Gelatina
Podem ser consumidos até duas horas antes do procedimento
– Leite Materno Pode ser consumido até quatro horas
antes do procedimento
– Leite não humano

– Refeição leve

Leite animal ou fórmula infantil; ou uma fatia de pão sem cobertura ou até quatro bolachas de água e sal ou de polvilho sem recheio. Podem ser consumidos até seis horas
antes do procedimento
Alimentos sólidos Carne, gordura ou frituras

Bebidas de soja, com espessantes ou
achocolatados

Refrigerantes e sucos com
polpa ou de industrializados

Podem ser consumidos até oito horas
antes do procedimento

 

Conheça a importância da Tipagem Sanguínea

Processo de coleta e análise do sangue, a fim de identificar a qual grupo sanguíneo o paciente pertence, além do seu respectivo fator Rh, a Tipagem Sanguínea é fundamental para a realização de transfusões, para a atenção pré-natal e outros atendimentos médicos.

A identificação – realizada no Laboratório de Análises Clínicas do Hospital Notre Dame São Sebastião através da metodologia de gel-cartão, reconhecidamente mais assertiva – resulta da exposição de amostra de sangue a reagentes.

Para mais informações sobre a realização da Tipagem Sanguínea, ligue para (54) 3383-4216 ou envie uma mensagem via WhatsApp para (54) 99178-0626.

Saiba mais sobre a Cirurgia Videolaparoscópica

Por Grasiela Elisa Scheffel

Cirurgiã com Pós-graduação em Coloproctologia e integrante do corpo clínico do Hospital Notre Dame São Sebastião

A Cirurgia Videolaparoscópica é uma técnica minimamente invasiva, realizada com auxílio de uma endocâmera e algumas pinças especiais, que, aplicada às cirurgias abdominais, permite a investigação de dores e o tratamento de doenças biliares, aderências, hérnias, divertículos do intestino delgado, focos de endometriose e lesões nos ovários, entre outras condições.

Para criar o espaço necessário às manobras cirúrgicas e à adequada visualização das vísceras abdominais, a cavidade peritonial é insuflada com gás carbônico.

Enquanto o cirurgião auxiliar realiza a filmagem das estruturas abdominais, fazendo uso da endocâmera, outro cirurgião realiza a dissecção cirúrgica, guiado pelas imagens reproduzidas na tela de um monitor.

Dentre as vantagens da Videolaparoscopia, destaca-se um pós-operatório menos dolorido, um melhor resultado estético e um rápido retorno às atividades do dia a dia.

Para a realização da Videolaparoscopia, é preciso indicação do cirurgião, pois nem todos os casos são favoráveis a esse tipo de procedimento – que exige anestesia geral e estabilidade hemodinâmica e clínica do paciente, além de lesão viável para tal abordagem.

A Cirurgia Videolaparoscópica tende a ter custos mais elevados que a convencional, devido à demanda de materiais específicos e à capacitação dos profissionais envolvidos – que exige uma longa curva de aprendizado.

Conheça a importância da dosagem periódica do PSA

O Antígeno Prostático Específico, popularmente conhecido como PSA, é uma enzima produzida pelas células da próstata, cuja concentração pode indicar alterações no órgão, tais como inflamação, hipertrofia benigna ou, até mesmo, câncer.

Por isso, em consultas periódicas ao urologista, será solicitada ao homem a dosagem do PSA – exame realizado por meio da análise de uma pequena amostra de sangue.

O Hospital Notre Dame São Sebastião, através do seu Laboratório de Análises Clínicas, disponibiliza este teste.

Para mais informações sobre a sua realização, ligue para (54) 3383-4216 ou envie uma mensagem via WhatsApp para (54) 99178-0626.

Procedimentos são adequados, em função do SARS-CoV-2

Ginecologista e obstetra que integra o corpo clínico do Hospital Notre Dame São Sebastião, Bruna da Silva Wiatrowski detalha como o novo coronavírus demanda a adequação de procedimentos médicos e sanitários, no atendimento a gestantes e recém-nascidos:

No acompanhamento gestacional e no trabalho de parto:

  • Segundo os dados disponíveis, a partir do segundo trimestre gestacional, a paciente infectada pelo novo coronavírus apresenta características clínicas semelhantes às de não grávidas
  • Não há evidências de que gestantes sejam mais suscetíveis à infecção por SARS-CoV-2, nem que aquelas que desenvolvam a Covid-19 sejam mais propensas ao desenvolvimento de pneumonia grave
  • Gestantes que tiveram contato com pacientes sintomáticos, regressaram de áreas de transmissão ou estiverem apresentando sintomas gripais devem adiar as consultas de pré-natal por 14 dias
  • O obstetra solicitar teste para SARS-CoV-2
  • O exame físico de gestante com suspeita ou confirmação de infecção pelo novo coronavírus deve ser realizado com uso de Equipamento de Proteção Individual apropriado – máscara adequada à situação, capote resistente a líquidos, luvas e óculos
  • A infecção por SARS-CoV-2, em si, não é uma indicação para o parto
  • Recomenda-se que a via de parto e o momento do nascimento sejam individualizados, caso a condição clínica da gestante, a idade gestacional e a condição fetal o permitam
  • A gestante diagnosticada com Covid-19, que entra espontaneamente em trabalho de parto e apresenta o progresso adequado, pode realizar parto vaginal
  • É preciso que os profissionais de saúde estejam atentos ao risco de contaminação das máscaras cirúrgicas por sangue ou líquido amniótico
  • Em partos prematuros de paciente crítico, recomenda-se cautela quanto ao uso de corticoide pré-natal para a maturação pulmonar fetal, considerando o uso de esteroides, após consulta aos demais especialistas (infectologista e neonatologista)
  • Gestantes infectadas que apresentam sinais de trabalho de parto prematuro não devem ser submetidas à tocólise para administração de corticoide
  • Recomenda-se a monitorização eletrônica contínua das gestantes infectadas por SARS-CoV-2 em trabalho de parto

No Centro Obstétrico:

  • Todas as gestantes, assim como os seus respectivos acompanhantes, devem usar máscara cirúrgica;
  • Ao manejar a paciente, os profissionais da saúde deverão utilizar máscaras cirúrgicas e luvas de procedimento;
  • A cada exame, os instrumentos deverão ser higienizados com álcool em gel 70%
  • Na Sala de Parto, também a gestante deve usar luvas de procedimento – e, após retirá-las, higienizar as mãos com álcool em gel 70%
  • Em caso de cesárea, não deve ser permitida a entrada de acompanhante no Bloco Cirúrgico, visando evitar aglomeração e, consequentemente, diminuir o risco de contaminação pelo novo coronavírus

No aleitamento materno:

  • A amamentação deve ser mantida, mesmo em caso de suspeita ou diagnóstico de infecção pelo novo coronavírus – exceto na ausência de condições clínicas adequadas para fazê-lo
  • A puérpera com diagnóstico ou suspeita de infecção deve evitar o contato pele a pele com o recém-nascido, mantendo uma conduta acolhedora, que lhe possibilitará estabelecer contato ocular com o filho
  • A mãe com diagnóstico ou suspeita de infecção pelo novo coronavírus deve manter alojamento conjunto privativo, respeitando a recomendação de isolamento
  • O berço do recém-nascido deve estar à distância de 2 metros do leito da mãe diagnosticada ou suspeita de ter contraído Covid-19
  • A puérpera com diagnóstico ou suspeita de infecção deve lavar as mãos por, pelo menos, 20 segundos antes de tocar a criança ou extrair o leite materno

Janeiro Branco: quem cuida da mente, cuida da vida

A campanha Janeiro Branco tem como objetivo promover a saúde mental e emocional. Para isso, por meio de suas ações, convida a sociedade a refletir sobre o sentido e o propósito da vida, a qualidade dos seus relacionamentos e o autoconhecimento.

Com a finalidade de prevenir o adoecimento emocional da humanidade, a campanha ocorre em janeiro justamente porque este mês pode ser marcado pela frustração devido ao não cumprimento das metas idealizadas para os meses anteriores ou, então, pela ansiedade frente aos objetivos traçados para o novo ano.

Ciente disso, nos Hospitais Notre Dame Júlia Billiart, em Não-Me-Toque, e São Sebastião, em Espumoso, as psicólogas Graziele Goedel e Rafaela Feltrin promoveram, na última semana, um encontro para abordar a importância do cuidado com a saúde mental. Durante ele, os colaboradores das instituições de saúde participaram de dinâmicas acerca de sua vida particular e profissional, e de seus planos para 2020.

Confira a galeria de fotos:

Três mudanças de hábitos essenciais para prevenir um câncer

Embora o avanço da Medicina tenha contribuído para que os números de mortalidade por câncer não cresçam, a melhor forma de prevenir o aparecimento dessa doença está ao alcance de qualquer um e é conhecida há bastante tempo: a mudança de hábitos. Na Oncologia, a prevenção pode ser dividida em dois níveis:

Primário: no período anterior à doença, em que o indivíduo se protege contra os fatores de risco.
Secundário: em que os grupos de risco são rastreados e realizam mais exames médicos – considerando idade, sexo e fatores de risco aos quais estão expostos.

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) considera como principais fatores de risco para o câncer: tabagismo, alcoolismo, hábitos alimentares, radiações provenientes do sol, contato com os agentes infecciosos e a poluição do ambiente geral. Por isso, pensando na prevenção primária, destacamos três medidas básicas que podem prevenir o surgimento da maioria dos cânceres:

  1. Parar de fumar.
  2. Iniciar uma atividade física de pelo menos 150 minutos por semana.
  3. Eliminar a obesidade, principalmente nas mulheres (a cirurgia bariátrica está associada a 60% dos casos de redução de morte por câncer em seis anos).

É na população que ainda apresenta esses fatores de risco que devem ser realizados exames no intuito de diagnosticar precocemente a doença e diminuir não apenas a mortalidade, mas também a morbidade no tratamento. Quanto mais avançado o câncer está, menor a chance de cura, mais agressivo o tratamento e maior o risco de sequelas.

Aliás, quando o assunto é prevenção, outro ponto a ser considerado é a pesquisa na internet. Muitos pacientes apenas leem sobre certos sintomas e logo se desesperam, pensando que estão com uma doença mais séria. Cabe ressaltar que essa pesquisa nem sempre ocorre em locais adequados e atualizados. Além disso, a própria pessoa pode não conseguir fazer a interpretação correta dessas informações.

Sendo assim, a recomendação é sempre ouvir a opinião do profissional, tentar esclarecer todas as dúvidas sobre o seu diagnóstico e procurar um planejamento terapêutico adequado.

Por: Dr. Luis Alberto Schlittler – Oncologista (CRM 24748)

Saúde Notre Dame