Nutrido por toda uma vida, o sonho de ser mãe se confundia ao de amamentar o próprio filho. Por isso, a realização de Larissa não poderia ser maior quando, além de dar à luz o Pedro Henrique, pôde aconchegar o recém-nascido junto ao seio. Vencidos os desconfortos comuns ao ingresso na fase de aleitamento, então, a mãe exalta tal determinação como um gesto de amor – concepção corroborada pela pediatra Ana Camila Backes. “A gente tem a ideia de que os bebês nascem e já saem mamando. Mas, na prática, é bem diferente. Os bebês costumam apresentar dificuldade de sucção e isso pode ser doloroso para a mamãe. É preciso ter muita paciência e persistência, além de contar com uma rede apoio”, afirma a especialista.
Integrando o corpo clínico do Hospital Notre Dame São Sebastião, a médica ainda salienta os benefícios de empenhar-se para superar tais dificuldades. “No que diz respeito ao bebê, o aleitamento induz à maturidade imunológica; estimula a musculatura orofacial; e diminui as chances de desenvolvimento de diabetes, pressão alta e outras doenças”, menciona Ana. Frisando como o leite materno é o alimento de que a criança precisa nos seus primeiros meses de vida, a pediatra ainda destaca a como o ato de amamentar é positivo para a saúde e o bem-estar da mulher. “Ele diminui o risco de câncer de mama e funciona como um contraceptivo durante o pós-parto. Além disso, libera muitos hormônios. Por isso, quando não há dor, ele se mostra prazeroso”, comenta a especialista, ressaltando, ainda, como a amamentação estreita o vínculo com o filho.
Não é raro que, quando o frio se faz sentir, pipoquem queixas acerca de dores de garganta. Afinal, conforme esclarece a otorrinolaringologista Tatiany Tiemi Yamamoto, as baixas temperaturas resultam no ressecamento das mucosas nasais e guturais, provocando irritação local. A desidratação, como explica a especialista, ainda nos torna mais suscetíveis a infecções – risco agravado pelo fato de que, nos dias gélidos, se tende a buscar maior proximidade física e se evita ventilar os ambientes, favorecendo a disseminação de vírus e bactérias.
Por isso, prezar pela hidratação de tais mucosas é preservar a própria saúde. “Tome água e introduza soro fisiológico nas narinas várias vezes ao dia. Além disso, lave as mãos frequentemente e mantenha os espaços arejados”, aconselha a médica, reiterando a importância de também seguir à risca as normas de etiqueta respiratória. “Ao tossir ou espirrar, utilize um lenço de papel para cobrir a boca e o nariz, descartando-o imediatamente após. Em seguida, higienize as mãos. Na falta de um lenço, utilize a parte interna do braço para evitar que gotículas se espalhem”, conclui.
A Urologia é a especialidade médica responsável pelo diagnóstico e tratamento de doenças do trato urinário. No caso dos indivíduos do sexo masculino, contudo, os órgãos do Sistema Genital se somam à bexiga, à uretra, aos rins e aos ureteres, como atribuição do urologista – profissional que deve ser consultado periodicamente, a partir dos 45 anos.
“O homem não costuma procurar por atendimento de forma preventiva”, constata o urologista e membro do corpo clínico do Hospital Notre Dame São Sebastião, Guilherme Marx. Por isso, o especialista recomenda ao menos duas consultas, antes que elas devam tornar-se rotineiras. “O ideal é que os meninos visitem um especialista ainda na puberdade, a fim de que recebam orientações acerca das transformações ocorridas nessa fase. Uma nova consulta deveria ser feita no início da vida adulta, para que o homem esteja ciente de como zelar pela própria saúde. Após os 45 anos, então, a avaliação médica deve ocorrer regularmente, oportunizando que qualquer disfunção hormonal ou da próstata seja identificada de forma precoce”, orienta. Além disso, o urologista deve ser procurado sempre que forem percebidas alterações no Sistema Urogenital.
Felizmente, conforme percebe o médico, os homens estão mais conscientes acerca das consultas preventivas. “Assim, a gente consegue identificar as doenças antes e tratar de forma mais adequada”, conclui o especialista que atua nos segmentos de uro-oncologia, litíase urinária, endourologia, videocirurgia urológica e andrologia.
Por Moema Nenê Santos
Hematologista e membro do corpo clínico do Hospital Notre Dame São Sebastião
Olhar-se no espelho e gostar do que vê, bem como perceber que a sua aparência é agradável aos outros, eleva a autoestima e ajuda em qualquer tratamento de saúde – principalmente, nos quimioterápicos. Afinal, eles têm como efeitos colaterais a queda dos cabelos, cílios e sobrancelhas, assim como o ressecamento da pele e das unhas.
Tais reflexos, porém, podem ser manejadas de modo a minimizar os impactos emocionais experimentados pelo paciente. Saiba como:
Por Tatiany Tiemi Yamamoto
Otorrinolaringologista e membro do corpo clínico do Hospital Notre Dame São Sebastião
Com a aproximação do inverno e a maior incidência de enfermidades respiratórias transmissíveis, torna-se essencial conhecer as particularidades de cada uma delas, diferenciando-as dos sintomas provocados pelo novo coronavírus.
Resfriado: causada por diversos vírus, a infecção leve das vias aéreas provoca coriza, espirros e tosse que duram, em média, de três a sete dias.
Gripe: provocada pelo vírus Influenza, esse acometimento apresenta sintomas mais acentuados que os do resfriado, além de dor de garganta, dor no corpo, febre e mal-estar, que podem ser percebidos por até 14 dias.
Covid-19: desencadeada pelo novo coronavírus, a doença pode resultar em quadros clínicos que variam de assintomático ao de insuficiência respiratória grave, porém, as suas principais manifestações são dor de garganta, falta de ar, febre, perda de olfato ou paladar e tosse.
O que as três enfermidades têm em comum, porém, é a forma de contágio. Afinal, todas elas são transmitidas de uma pessoa para outra, por meio das gotículas expelidas ao espirrar, tossir ou, até mesmo, falar. Além disso, a infecção pelos vírus pode ocorrer através do contato com superfícies contaminadas por tal secreção. Por isso, a correta higienização das mãos e dos utensílios manipulados, bem como o uso de máscara de proteção individual e a vacinação contra a gripe e a Covid-19, mostra-se imprescindível para que se previna a contaminação.
Caracterizado pelo aumento do tamanho dos pés e dos tornozelos; das mãos e dos braços; ou, ainda, do abdômen, o edema confere à pele um aspecto esticado e brilhante, além de tornar desafiadoras as atividades mais corriqueiras – como, por exemplo, o ato de calçar meias e sapatos.
Resultando, até mesmo, em dificuldade respiratória, o inchaço causado pelo acúmulo de líquidos nos tecidos do corpo humano pode estar relacionado à trombose, à obstrução no Sistema Linfático, a infecções, a varizes, a doenças cardíacas ou ao consumo excessivo de sal. Por isso, ao manifestar-se, ele deve ser avaliado por um cirurgião vascular.
O Hospital Notre Dame São Sebatião conta, em seu corpo clínico, com a especialista Carlene Kok – CRM 33439. Caso perceba algum dos sintomas descritos acima, agende uma consulta.
Os traumas diretos ao nível dos ombros, muito frequentes em quedas da própria altura e em acidentes de trânsito, representam a principal causa das fraturas da clavícula – uma das mais comuns, tanto entre as crianças quanto entre os adultos.
Apesar de ocasionadas pelos mesmos mecanismos de trauma, como ocorre durante a prática de atividades físicas e a realização de brincadeiras, é nos adultos que as fraturas costumam exigir tratamento cirúrgico, assegurando uma recuperação funcional mais rápida.
Três semanas após o procedimento, que apresenta índice de sucesso de 95 a 98%, retira-se a imobilização e inicia-se a reabilitação com orientação de fisioterapeuta. Ao constatar-se a cicatrização da fratura, entre quarta e a sexta semana após a cirurgia, dá-se início à prática de exercícios de reforço muscular, a fim de devolver ao paciente as condições necessárias para que retome suas atividades laborais e esportivas – o que deve ocorrer três meses após a intervenção cirúrgica.
Em adultos, o tratamento conservador é indicado apenas para fraturas parciais ou aquelas com mínimo desvio, desde que acometam pacientes que não praticam esportes competitivos.
Nas crianças, por sua vez, a imobilização é o tratamento mais indicado, pois, graças às suas caraterísticas de vascularização e de periósteo, a cicatrização tende a ser ágil e a remodelação óssea satisfatória. Além disso, os procedimentos cirúrgicos apresentar maior risco de não cicatrização e de reações ao material de síntese.
No que diz respeito aos sintomas relacionados às fraturas de clavícula – lesões que não comprometem a vida do paciente, mas podem levá-lo à perda funcional e a sequelas de movimento, caso não sejam tratadas adequadamente -, os principais são a dor localizada e a limitação para elevar o membro superior. Além disso, pode-se verificar hematoma, edema e, até, deformidade óssea, dependendo da intensidade do trauma. Percebendo-os, procure um especialista.
Identificado pela cor vermelha, o mês de março busca conscientizar acerca do câncer renal – doença que ocupa a terceira posição entre as mais frequentes do aparelho geniturinário.
Acometendo, geralmente, indivíduos entre os 50 e os 70 anos, os tumores são duas vezes mais frequentes nos homens que nas mulheres e encontram, na Doença de Von Hippel-Lindau, na hipertensão, na obesidade, no histórico familiar e no tabagismo, os fatores de risco para o seu desenvolvimento.
Caracterizada por dor, presença de sangue na urina e uma massa abdominal palpável, a doença é comumente identificada de forma incidental, graças à realização de exames de rotina. Seu diagnóstico final, porém, é feito por meio da ultrassonografia, além da tomografia computadorizada do abdômen – bastante útil, também, para a identificação do seu estágio.
Quanto ao tratamento do câncer renal, a cirurgia é o única terapêutica curativa definitiva já conhecida. No entanto, o diagnóstico precoce de pequenas massas renais vem possibilitando que, ao invés da Nefrectomia Radical – isto é, a extração de todo o rim, além da glândula adrenal e dos linfonodos regionais -, se opte mais frequentemente pela Nefrectomia Parcial – que consiste na retirada do tumor com pequena margem de segurança, preservando-se o restante do tecido renal.
Apesar de serem doenças notavelmente distintas, o Mal de Alzheimer, o Lúpus e a Fibromialgia têm, ao menos, dois aspectos em comum. O primeiro deles é o fato de não que, para elas, não há cura conhecida pela Medicina. O segundo, o de serem lembradas durante o “Fevereiro Roxo” – mês de conscientização acerca da relação direta entre o seu diagnóstico precoce e a manutenção da qualidade de vida.
Conheça mais sobre cada uma das enfermidades:
Mal de Alzheimer:
– é provocado pelo acúmulo da proteína beta-amiloide no cérebro do seu portador;
– resulta na perda da capacidade cognitiva e da memória;
– atinge especialmente os idosos e, como os seus sintomas podem ser confundidos com condições inerentes à velhice, mostra-se uma doença de difícil diagnóstico;
– de forma lenta e gradual, o acúmulo proteico afeta mais regiões do cérebro, ocasionando novos prejuízos à vida do paciente;
– em estágios finais, o portador pode precisar de assistência até para realizar atividades básicas, como tomar banho.
Lúpus:
– é uma doença inflamatória autoimune, isto é, ocorre quando o próprio Sistema Imunológico ataca tecidos saudáveis do corpo humano;
– pode afetar diversos órgãos e tecidos, como a pele, as articulações, os rins e o cérebro;
– em casos graves e diante da ausência de tratamento adequado, pode levar à morte.
Fibromialgia:
– é uma doença reumatológica que acomete, em sua maioria, as mulheres;
– tem como característica a dor muscular crônica e generalizada;
– apresenta, também, sintomas como fadiga e alterações do sono, da memória e do humor;
– tratada adequadamente, com a associação de medicamentos e terapias como a Acupuntura e a Fisioterapia, o paciente pode viver com qualidade;
– sem tratamento, porém, a enfermidade pode resultar em incapacidade física e limitação funcional.
As cirurgias minimamente invasivas estão entre os principais avanços da Urologia nos últimos anos. Elas são caracterizadas pela realização de procedimentos cirúrgicos com pequenos corte ou até mesmo sem cortes, por meio de orifícios naturais. Nesse cenário, destacam-se a Endourologia, a Cirurgia Videolaparoscópica e a Cirurgia Robótica.
A Endourologia, diferentemente da cirurgia aberta, é realizada através da inserção de pequenas câmeras e instrumentos no trato urinário, já que grande parte dele pode ser acessado pela uretra. Dessa maneira, é possível a cirurgia endoscópica para retirada de pedras (cálculos) e tumores. A recente introdução de ureteroscopia rígida e flexível aumentou a capacidade do urologista em lidar com essas patologias no trato urinário.
Já na Videolaparoscopia,a realização dos procedimentos cirúrgicos ocorre por meio de incisões milimétricas, através das quais são introduzidas câmeras microscópicas, que ampliam e facilitam a visão do cirurgião, tornando a cirurgia mais precisa, qualificada e com melhor estética. Assim, a Videolaparoscopia proporciona pós-operatórios mais rápidos, nos quais a dor é muito menos intensa do que a ocasionada pela cirurgia aberta. Outra vantagem importante é o menor índice de infecção, devido à menor exposição dos tecidos, manobras mais delicadas e menor permanência hospitalar. Na urologia, as cirurgias videolaparoscopicas mais realizadas são as cirurgias reconstrutivas do ureter e as cirurgias oncológicas de rins, próstata e bexiga.
A Cirurgia Robótica, por sua vez, é uma tecnologia moderna que aprimora o procedimento cirúrgico através de imagens em 3D e articulações das pinças cirúrgicas. Além de suas inúmeras funções e facilidades, a Cirurgia Robótica é reconhecida por sua precisão e pelos benefícios garantidos ao paciente: melhores resultados oncológicos, menos dor, menos chances de sangramento, recuperação pós-operatória mais rápida e menor tempo de hospitalização.
Texto: Guilherme Marx – Médico Urologista (CRM 38582)