Procedimentos são adequados, em função do SARS-CoV-2

Procedimentos são adequados, em função do SARS-CoV-2

Ginecologista e obstetra que integra o corpo clínico do Hospital Notre Dame São Sebastião, Bruna da Silva Wiatrowski detalha como o novo coronavírus demanda a adequação de procedimentos médicos e sanitários, no atendimento a gestantes e recém-nascidos:

No acompanhamento gestacional e no trabalho de parto:

  • Segundo os dados disponíveis, a partir do segundo trimestre gestacional, a paciente infectada pelo novo coronavírus apresenta características clínicas semelhantes às de não grávidas
  • Não há evidências de que gestantes sejam mais suscetíveis à infecção por SARS-CoV-2, nem que aquelas que desenvolvam a Covid-19 sejam mais propensas ao desenvolvimento de pneumonia grave
  • Gestantes que tiveram contato com pacientes sintomáticos, regressaram de áreas de transmissão ou estiverem apresentando sintomas gripais devem adiar as consultas de pré-natal por 14 dias
  • O obstetra solicitar teste para SARS-CoV-2
  • O exame físico de gestante com suspeita ou confirmação de infecção pelo novo coronavírus deve ser realizado com uso de Equipamento de Proteção Individual apropriado – máscara adequada à situação, capote resistente a líquidos, luvas e óculos
  • A infecção por SARS-CoV-2, em si, não é uma indicação para o parto
  • Recomenda-se que a via de parto e o momento do nascimento sejam individualizados, caso a condição clínica da gestante, a idade gestacional e a condição fetal o permitam
  • A gestante diagnosticada com Covid-19, que entra espontaneamente em trabalho de parto e apresenta o progresso adequado, pode realizar parto vaginal
  • É preciso que os profissionais de saúde estejam atentos ao risco de contaminação das máscaras cirúrgicas por sangue ou líquido amniótico
  • Em partos prematuros de paciente crítico, recomenda-se cautela quanto ao uso de corticoide pré-natal para a maturação pulmonar fetal, considerando o uso de esteroides, após consulta aos demais especialistas (infectologista e neonatologista)
  • Gestantes infectadas que apresentam sinais de trabalho de parto prematuro não devem ser submetidas à tocólise para administração de corticoide
  • Recomenda-se a monitorização eletrônica contínua das gestantes infectadas por SARS-CoV-2 em trabalho de parto

No Centro Obstétrico:

  • Todas as gestantes, assim como os seus respectivos acompanhantes, devem usar máscara cirúrgica;
  • Ao manejar a paciente, os profissionais da saúde deverão utilizar máscaras cirúrgicas e luvas de procedimento;
  • A cada exame, os instrumentos deverão ser higienizados com álcool em gel 70%
  • Na Sala de Parto, também a gestante deve usar luvas de procedimento – e, após retirá-las, higienizar as mãos com álcool em gel 70%
  • Em caso de cesárea, não deve ser permitida a entrada de acompanhante no Bloco Cirúrgico, visando evitar aglomeração e, consequentemente, diminuir o risco de contaminação pelo novo coronavírus

No aleitamento materno:

  • A amamentação deve ser mantida, mesmo em caso de suspeita ou diagnóstico de infecção pelo novo coronavírus – exceto na ausência de condições clínicas adequadas para fazê-lo
  • A puérpera com diagnóstico ou suspeita de infecção deve evitar o contato pele a pele com o recém-nascido, mantendo uma conduta acolhedora, que lhe possibilitará estabelecer contato ocular com o filho
  • A mãe com diagnóstico ou suspeita de infecção pelo novo coronavírus deve manter alojamento conjunto privativo, respeitando a recomendação de isolamento
  • O berço do recém-nascido deve estar à distância de 2 metros do leito da mãe diagnosticada ou suspeita de ter contraído Covid-19
  • A puérpera com diagnóstico ou suspeita de infecção deve lavar as mãos por, pelo menos, 20 segundos antes de tocar a criança ou extrair o leite materno

Você precisa estar logado para enviar um comentário

Saúde Notre Dame