HPV: conheça essa doença silenciosa e saiba como se proteger!

HPV: conheça essa doença silenciosa e saiba como se proteger!

A infecção pelo HPV (Papilomavírus Humano) atinge milhares de mulheres brasileiras. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), anualmente, 5 mil mulheres morrem e outras 15 mil descobrem ter câncer de colo do útero no País, sendo que o HPV está relacionado a 99,7% desses casos.

Estratégia segura e de resultados práticos observados em diversos países, a adoção da vacina contra o vírus é defendida pela própria Organização Mundial de Saúde (OMS) como a principal forma de prevenção contra essa doença, especialmente em jovens entre 9 e 13 anos. Tanto que, em 2017, a oferta da imunização foi ampliada para as meninas na faixa etária de 9 a 15 anos incompletos e implantada para os meninos de 11 a 15 anos incompletos. A expectativa é de que, até 2020, a faixa etária de vacinação dos meninos seja ampliada, iniciando aos 9 anos de idade. Dessa forma, será possível fortalecer as ações de saúde para a população masculina, ratificando a responsabilidade compartilhada do Ministério da Saúde para questões de saúde reprodutiva entre os gêneros.

Embora existam mais de 100 tipos de HPV, as vacinas do tipo 6, 11, 16 e 18 respondem por, aproximadamente, 70% dos casos de câncer de colo do útero e por 90% das verrugas genitais, que são importantes problemas de saúde pública. De acordo com o levantamento Saúde Brasil 2018, o POP-Brasil – realizado pelo Ministério da Saúde juntamente com o Hospital Moinhos de Vento e que traz a análise do primeiro Estudo de Prevalência do Papilomavírus no País – a infecção por HPV acomete pessoas de todas as condições sociais, sem distinção. O levantamento aponta, ainda, que a prevalência do HPV no Brasil foi de 53,6%, sendo a cepa de alto risco para o desenvolvimento de câncer presente em 35,2% dos casos. A maior prevalência do vírus foi encontrada foi na Região Nordeste (58,09%). O estudo avaliou 7.693 pessoas sexualmente ativas entre 16 e 25 anos, de todas as classes sociais em todo o País.

Em relação à eficácia da vacina contra o HPV, estudos internacionais apontam seu impacto na redução da doença. Nos EUA, dados mostram uma diminuição de 88% nas taxas de infeção oral por HPV. Já na Austrália, a redução da prevalência de HPV foi de 22,7%, em 2005, para 1,5%, em 2015, entre as mulheres de 18 a 24 anos – analisadas durante a pesquisa. Outro estudo internacional mostra que nos EUA, México e Brasil entre homens de 18 a 70 anos, 72% dos brasileiros estavam infectados contra 62% dos mexicanos e 61% dos norte-americanos.

Por essas e outras razões, a vacinação é defendida por entidades médicas representativas, como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), a SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria) e SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia). Mesmo sendo recomendada nos calendários de vacinação desde 2007, a vacina contra o HPV foi adotada só em 2013 pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI).

As doses da vacina são ofertadas pelo Ministério da Saúde durante todo o ano nas Unidades Básicas de Saúde do SUS. A vacina contra o HPV é segura e indispensável para eliminar o câncer de colo do útero.

Fonte: Sogirgs /Febrasgo

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