TEA: precisamos falar sobre esse assunto

TEA: precisamos falar sobre esse assunto

O aumento no número de casos do Transtorno do Espectro Autista (TEA) nas últimas décadas é um fator que evidencia a necessidade de abordar esse tema, ainda mais presente em abril – mês dedicado à conscientização do autismo.

Sabe-se, por exemplo, que o ambiente é um importante influenciador da gravidade dos sintomas do transtorno, potencializando-os ou amenizando-os. Por isso, os pais devem estar atentos aos sinais, visando a um diagnóstico precoce, pois, assim, as chances de desenvolvimento da criança serão maiores.

O diagnóstico é essencialmente clínico, feito por meio do contato com o paciente e sua família, já que não há um exame específico que, cientificamente, comprove o TEA. Um dos sinais mais comuns para o diagnóstico precoce é a falta ou menor frequência de olhar para a mãe durante a amamentação.

Sendo assim, o TEA apresenta atrasos:
– Na interação interpessoal, principalmente com crianças da mesma idade.
– Na comunicação.
– No entendimento das regras sociais.
– No brincar mais restrito, focalizado e repetitivo.
– No controle esfincteriano.
– No autocontrole de impulsos.
– Na aprendizagem por imitação.

Entretanto, observa-se, em alguns casos, uma progressão normal nos dois primeiros anos de vida e uma perda das habilidades cognitivas nos anos seguintes.

Acompanhamento do TEA
Realizada de modo multiprofissional, a intervenção deve ocorrer para a família e com a família, considerando alguns aspectos importantes a serem trabalhados, como:
– Ensinar de forma mais sistematizada habilidades da vida diária para a criança.
– A criação de uma rotina de treinamento do comportamento alvo.
– Regras e combinados bem delimitados.

É necessário, ainda, especificar o nível de gravidade do TEA, sendo que há, hoje em dia, adultos em que o diagnóstico de autismo pouco interfere em suas vidas. Igualmente, deve-se atentar ao diagnóstico diferencial da Síndrome de Asperger, na qual alguns sintomas coincidem com o TEA, contudo, não se observam déficits na linguagem ou atrasos no desenvolvimento.

Por: Carolina Ozelame Laner – Psicóloga

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